A privatização do complexo esportivo do Maracanã prevê obras para a
redução da capacidade de público do Maracanãzinho. O ginásio, que hoje
tem 11.424 lugares, deve estar preparado para receber 9.914 pessoas após
ser concedido à iniciativa privada. Essa mudança, no entanto, pode
atrapalhar a preparação do Rio de Janeiro para a Olimpíada de 2016.
Isso porque o Comitê Olímpico Internacional (COI) exige que o
Maracanãzinho tenha pelo menos 12 mil lugares para receber os jogos de
vôlei da Olimpíada. Escolhido para sediar essa competição, o ginásio já
teria que ser ampliado até 2016. Entretanto, isso é exatamente o
contrário do que o governo do Rio de Janeiro planeja para o espaço para
os próximos quatro anos.
De acordo com o secretário estadual da Casa Civil, Regis Fitchner, a
intenção do governo é incluir o Maracanãzinho na privatização do
Maracanã e transformá-lo numa arena pronta para receber shows e outros
eventos. Fitchner disse que a proposta é que a empresa que assumir o
Maracanã faça um tratamento acústico no ginásio e melhore seus
sanitários e serviços de alimentação.
Sobre a Olimpíada, o secretário chegou a dizer que o ginásio ganharia
duas quadras de aquecimento de atletas já pensando em 2016. Porém, não
explicou como o governo pretende cumprir as exigências do COI e colocar
em prática seu plano de redução do ginásio.
Na quarta-feira, perguntado sobre o assunto, o governo informou que os
planos para o Maracanãzinho podem ser modificados. Nesta quinta-feira,
ele informou que já está tratando disso com o Comitê Organizador dos
Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016 e que pretende atender às
exigências do COI para o ginásio. “O governo do Estado está tratando do
assunto com o Comitê Organizador para chegar a um denominador comum para
atender à exigência Olímpica.”
O Comitê Rio 2016 é o responsável por garantir que todas as estruturas
esportivas dos Jogos Olímpicos do Rio estejam adequadas às exigências do
COI. O órgão também informou que está em contato com o governo para
discutir possíveis alterações no plano de privatização do Maracanã e do
Maracanãzinho. “O Rio 2016 está em contato com o Governo do Estado para
examinar o edital do complexo do Maracanã e fazer possíveis ajustes,
caso seja necessário”, declarou o Rio 2016, em nota.
A proposta de privatização do Maracanã foi elaborada com base em um
estudo feito pela empresa IMX, do bilionário Eike Batista. Foi a
companhia quem analisou e informou ao governo tudo o que deveria ser
feito para que o estádio e seus anexos se tornem mais rentáveis.
Usando informações do estudo da IMX, o governo do Rio de Janeiro
divulgou uma primeira versão do edital da licitação do Maracanã. Até o
dia 8 de novembro, o governo está aberto a sugestões sobre a concessão.
Dez dias depois, ele deve lançar a versão final do edital.
No
ano que vem, será definida a empresa que assumirá a administração do
Maracanã. Essa empresa controlará o complexo esportivo por 35 anos. O
Estado ganhará R$ 7 milhões por ano pela concessão.
fonte: uol vôlei
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