A seleção brasileira feminina de vôlei é nove vezes campeã do
Grand Prix (1994, 1996, 1998, 2004, 2005, 2006, 2008, 2009 e 2013).
Neste DOMINGO (01.09), o Brasil venceu a China por 3 sets a 0 (25/15,
25/14 e 25/20), em 1h13 de jogo, no Hokkaido Prefectural Sports Center,
em Sapporo, no Japão, coroou uma campanha brilhante e garantiu o nono
título. O time verde e amarelo terminou a fase final invicto. Foram
cinco jogos, cinco vitórias e nenhum set perdido.
O próximo desafio das brasileiras no ano será o Campeonato
Sul-Americano, de 16 a 23 de setembro, no Peru. A competição será
classificatória para a Copa dos Campeões e Campeonato Mundial de 2014.
Na partida deste domingo, mais uma vez, brilhou a estrela da oposto
Sheilla. A atacante foi a maior pontuadora do confronto com 18 acertos
(15 de ataque, um de bloqueio e dois de saque). As ponteiras Fernanda
Garay e Gabi também tiveram boas atuações, respectivamente, com 14 e 12
pontos. Em tarde inspirada, a levantadora Dani Lins foi eleita a melhor
jogadora do duelo.
Com a vitória no segundo set do confronto com as chinesas, as
brasileiras já haviam garantido o título, mesmo assim, o Brasil manteve o
bom ritmo e fechou o jogo por 3 sets a 0. A levantadora Dani Lins falou
sobre a conquista do time verde e amarelo.
“O Grand Prix é uma competição cansativa, mas estou feliz pelo
trabalho bem feito e pelo título. Vencemos todos os jogos na fase final
por 3 sets a 0. Sabíamos que tínhamos que ganhar o jogo. Quando acabou o
segundo set, vibramos um pouco, mas o Zé Roberto pediu concentração
para fecharmos a partida. É muito bom ganhar esse título pela nona vez. O
terceiro set foi difícil, mas deu tudo certo”, disse Dani Lins.
A oposto Sheilla, que mais uma vez teve papel decisivo numa conquista
do voleibol brasileiro, comentou sobre a participação do Brasil na
edição 2013 do Grand Prix.
“Ganhamos todos os jogos da fase final por 3 sets a 0. O time se
comportou muito bem em todo o campeonato. A China mudou o time para
jogar contra nós, mas nos adaptamos e vencemos o jogo. Cumprimos o nosso
papel”, afirmou a oposto, que ainda fez uma análise da sua atuação
individual.
“Acho que estou aos poucos voltando a minha forma. Foi bom que voltei
a jogar bem na fase final. Estou feliz pela atuação do time inteiro.
Tivemos muita maturidade na etapa decisiva”, afirmou a atacante.
Estreia vitoriosa de Gabi
Com apenas 19 anos, a atacante Gabi viveu fortes emoções nos últimos
meses. Depois de ser medalha de bronze no Campeonato Mundial Juvenil, a
jogadora integrou a seleção adulta e, na sua primeira participação na
fase final do Grand Prix, ficou com o título sendo um dos destaques da
campanha do Brasil.
“É muito bom ser campeão. Foi um campeonato muito proveitoso. A
seleção manteve o ritmo do começo ao fim. Nosso objetivo era ganhar
todas as partidas na fase final e fizemos isso. Estou muito feliz de ter
jogado essa competição. Foi o meu primeiro título com a seleção adulta.
Agora é hora de comemorar”, garantiu Gabi.
Para Gabi, natural de Belo Horizonte, a competição também ficará
marcada pela realização de um sonho: jogar ao lado da também mineira de
Belo Horizonte, Sheilla.
“Sempre foi meu sonho estar na seleção e jogar ao lado da Sheilla. É
um momento de realização. Sempre fui muito fã dela. Os meus pais sempre
me lembram disso. Estou muito feliz”, disse a ponteira, que ganhou
elogios do seu ídolo.
“É muito bom jogar com a Gabi. Ela é muito madura para a idade dela.
Brincamos dentro e fora de quadra. É uma jogadora que já se destacou na
Superliga. Ela fez um Grand Prix maravilhoso e vai evoluir ainda mais
até 2016”, afirmou Sheilla.
José Roberto Guimarães exalta mescla entre novatas e experientes
O treinador José Roberto Guimarães fez uma análise da participação brasileira no Grand Prix.
“É muito bom ver que quando enfrentamos as melhores equipes do mundo,
nossas jogadoras se sentem mais a vontade, mesmo nos momentos mais
difíceis. É legal ver a Gabi jogando nesse nível. É isso que precisamos.
Eu acordo, tomo café, almoço e vou dormir pensando em voleibol. Posso
dizer que os Jogos Olímpicos já começaram, temos time para brigar contra
qualquer seleção do mundo”, disse o treinador brasileiro.
Sobre o jogo com a China, José Roberto Guimarães lembrou que queria
sair de quadra com a vitória, independentemente de o Brasil ter
garantido o título no segundo set.
“Eu queria ganhar esse jogo. Esse era o objetivo principal. Ser
campeão com um resultado positivo. O mais importante foi termos ganho
todos os jogos por 3 sets a 0. Foi uma excelente campanha. Agora, vamos
nos preparar para o Sul-Americano”, comentou José Roberto Guimarães.
Para o treinador tricampeão olímpico, um dos segredos das vitórias do
voleibol brasileiro é a mescla entre jogadoras novas e experientes.
“É importante encontrar atletas como a Gabi, a Natália e a Tandara
para esse movimento do voleibol brasileiro continuar. Precisamos
sustentar esse trabalho. A mescla dessas jogadoras com nomes como
Sheilla, Fabi, Fabiana e Thaísa, que têm idade para a próxima Olimpíada,
é muito importante. Temos que dar para o voleibol brasileiro a
possibilidade de continuidade para o futuro”, analisou o técnico do
Brasil.
Quando questionado sobre o que mais marcou a campanha das brasileiras no Grand Prix, José Roberto Guimarães não teve dúvidas.
“O mais legal foi a convivência com esse grupo. O Grand Prix é o
campeonato mais complicado e difícil que você pode participar pelo tempo
fora de casa, as viagens, o fuso, o cansaço e a saudade. Essas meninas
deixam de estar nas suas casas para treinar, viajar e dormir mal com o
objetivo de representar a seleção brasileira. É muito importante esse
sentimento de brasilidade”, finalizou José Roberto Guimarães.
Desembarque
A seleção brasileira retornará para o Brasil na madrugada desta
SEGUNDA-FEIRA (02.09). O time verde e amarelo desembarcará no Brasil no
voo LH540 (Lufthansa) às 5h30 desta TERÇA-FEIRA (03.09) no Aeroporto
Internacional de Guarulhos, em São Paulo.
O JOGO
O Brasil começou bem no bloqueio e fez 7/1. O time verde e amarelo
seguiu melhor e foi para o segundo tempo técnico com oito de vantagem
(16/8). Sheilla se destacou e as atuais campeãs olímpicas venceram o set
por 25/15.
As brasileiras mantiveram o bom momento no início do segundo set e
fizeram 9/7. Com Sheilla se destacando no ataque, o Brasil fez 16/11. As
atuais campeãs olímpicas seguiram sem dar chances para a China e
fecharam o segundo set com um ataque de Thaísa por 25/14. O resultado
garantiu o nono título do Grand Prix para as brasileiras.
A China voltou melhor para o segundo set e fez 11/7. O Brasil cresceu
de produção e virou o marcador (16/13). As brasileiras seguraram a
vantagem, venceram o set por 25/20 e o jogo por 3 sets a 0.
EQUIPES
BRASIL – Dani Lins, Sheilla, Fê Garay, Gabi, Fabiana e Thaísa. Líbero – Fabi
Entraram – Michelle e Juciely
Técnico – José Roberto Guimarães
CHINA – Yin, Shen, Yang, Zeng, Wang e Ma. Líbero - Zhan
Entraram - Mi, Hui e Zhang
Técnico – Lang Ping
AS CAMPEÃS
# 1 FABIANA MARCELINO CLAUDINO (FABIANA)
Meio de rede - 1,93m – 76 kg - 24/01/85 - Naturalidade: Belo Horizonte (MG)
# 2 JUCIELY CRISTINA SILVA (JUCIELY)
Meio de rede – 71 kg – 1,84m – 18/12/1980 – Naturalidade: João Monlevade (MG)
# 3 DANIELLE RODRIGUES LINS (DANI LINS)
Levantadora – 68 kg – 1,81m – 05/01/85 – Naturalidade: Recife (PE)
# 5 ADENÍZIA APARECIDA DA SILVA (ADENÍZIA)
Meio de rede – 1,86m – 64 kg – 18/12/86 – Naturalidade: Ibiaí (MG)
# 6 THAÍSA DAHER DE MENEZES (THAÍSA)
Meio de rede - 1,96m – 79 kg – 15/05/87 - Naturalidade: Rio de Janeiro (RJ)
# 7 PRISCILA DAROIT (PRISCILA)
Ponteira – 74 kg – 1,82m – 10/08/1988 – Naturalidade: Sapucaia do Sul (RS)
# 8 CLÁUDIA SILVA (CLAUDINHA)
Levantadora – 80 kg – 1,81m - 21/09/87 - Naturalidade: São Caetano do Sul (SP)
# 9 MICHELLE MARINHO PAVÃO (MICHELLE)
Ponteira – 68 kg – 1,78m – 30/10/1986 – Naturalidade: Rio de Janeiro (RJ)
# 10 GABRIELA BRAGA GUIMARÃES (GABI)
Ponteira – 59 kg – 1,76m – 02/08/1994 – Naturalidade: Belo Horizonte (MG)
# 13 SHEILLA TAVARES CASTRO (SHEILLA)
Oposto - 1,85m – 64 kg - 01/07/83 - Naturalidade: Belo Horizonte (MG)
# 14 FABIANA ALVIM DE OLIVEIRA (FABI)
Líbero - 1,69m – 59 kg - 07/03/80 - Naturalidade: Rio de Janeiro (RJ)
# 15 MONIQUE MARINHO PAVÃO (MONIQUE)
Oposto – 70 kg – 1,78m – 30/10/1986 – Naturalidade: Rio de Janeiro (RJ)
# 16 FERNANDA RODRIGUES GARAY (FÊ GARAY)
Ponta – 1,79m – 74 kg – 10/05/86 – Naturalidade: Porto Alegre (RS)
# 18 CAMILA DE PAULA BRAIT (CAMILA BRAIT)
Líbero – 61 kg – 1,70m - 20/10/88 - Naturalidade: Frutal (MG)
COMISSÃO TÉCNICA
Chefe da delegação: Leonardo Moraes
Técnico: José Roberto Guimarães
Auxiliares: Paulo Coco e Cláudio Pinheiro
Preparador físico: José Elias Proença
Médico: Júlio Nardelli
Fisioterapeuta: Alexandre Lopes Ramos
Estatístico: Marco Antonio Di Bonifácio
fonte: cbv
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